O sabiá do sertão quando canta me comove, passa três meses cantando e sem cantar passa nove, porque tem obrigação de só cantar quando chove."




segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Nós do Cariri Cultural desejamos a todos um Ano novo cheio de felicidade, paz, amor e saúde. Que Deus ilumine sempre nossas mentes e corações.
Feliz 2008 galera!

sábado, 29 de dezembro de 2007

Literatura de Cordel

Uma boa sugestão para quem quer conhecer um pouco mais da cultura do Cariri é visitar a Lira Nordestina. Uma gráfica sediada em Juazeiro do Norte; voltada para a produção de cordéis desde 1926, sendo revitalizado pela Universidade Regional do Cariri, é hoje um dos pontos de cultura do Brasil, por determinação do Ministério da Cultura na gestão do atual de Gilberto Gil.
Outra iniciativa que merece destaque, foi a criação do Campus do Pirajá, onde podem ser expostos cordéis e xilogravuras em geral. Parabenizamos a URCA pela iniciativa.


Mais informações sobre a Literatura de Cordel: ABLC e Teatro de Cordel

95 anos de Luíz Gonzaga


Foi comemorado nesse mês de Dezembro o aniversário de 95 anos de Luíz Gonzaga, no Parque de Exposições da Cidade de Crato.
Um festejo que reuniu diversos admiradores do eterno Rei do Baião, relembrando as músicas e ensinamentos passados para as gerações seguintes.
Estavam presentes artistas como Epitácio Pessoa, Zé de Binoma; Francisco Saraiva e André Ferreira (Herdeiros do Rei).


domingo, 23 de dezembro de 2007

Coisas de minha terra


Eu sou nordestino
nascido no sertão do Ceará
pelo Brasil é o que se vê falar
Dizem que nós somos todos pé rachado
não vale nem um centavo
e não tem água pra tomar
Pois eu Ceará, cabra da peste
seu doutor vou lhe contar
De H2O minha cidade tá lotada
Tem fontes brotando água
pro agricultor trabalhar
aqui tem safra de feijão, arroz e manga
melancia e banana, pra nossa fome matar
Tem casa de farinha, fogão a lenha cozinhando baião de dois
Tem até extrangeiro, que vem pro nosso terreiro
apanhar pequi pra comer com arroz
Ainda dizem que nós somos todos pé rachado
e que a gente passa fome, vivendo numa mesmice
Seu doutor muito obrigado
fica aqui o meu recado
retire o que o senhor disse.

André Ferreira Silva (autor) -Representação Liberdade e Raíz




Só canta o sertão dereito, Com tudo quanto ele tem, Quem sempre correu estreito, Sem proteção de ninguém, Coberto de precisão Suportando a privação Com paciença de Jó, Puxando o cabo da inxada, Na quebrada e na Chapada, Moiadinho de suó. Amigo, não tenha quêxa, Veja que eu tenho razão Em lhe dizê que não mêxa Nas coisa do meu sertão. Pois, se não sabe o colega De quá manêra se pega Num ferro pra trabaiá, Por favô, não mêxa aqui, Que eu também não mêxo aí, Cante lá que eu canto cá. Patativa do Assaré

 
re-Designed by Talita L.